Do prazer da partilha
Inicia-se hoje, aqui neste blogue, uma quinzena dedicada exclusivamente ao amor. O pretexto é o dia dos Namorados, que se festeja no dia 14 de fevereiro, mas é apenas isso mesmo, um pretexto, para celebrar o sentimento mais forte de que o ser humano é capaz: o Amor. Há muitas espécies de amor, maternal, filial, fraternal, mas o que aqui se comemora é mesmo esse sentimento inexplicável que faz um ser desejar outro ser, não um qualquer, mas apenas aquele, o que faz sonhar, chorar, provoca suores frios, crises de taquicardia e, eventualmente, uma sensação de felicidade e plenitude.
Muito já se disse e escreveu sobre o amor. Resolvi ir buscar alguns desses textos e reproduzi-los aqui no blogue, ao longo destes dias. A escolha é minha, e portanto criticável, são textos de que eu gosto, escritos por pessoas que gosto de ler. Cada um dá uma face diferente desse sentimento. Gostava que me dessem a vossa opinião, mesmo que seja muito crítica ou negativa. Afinal, não há sentimento que provoque reações tão diversas.
Para começar, e porque a conversa já vai longa, escolhi um pequeno texto de José Luis Peixoto, sobre as coisas ridículas que, feitas ao lado da pessoa amada, até se tornam interessantes e divertidas. Ou, simplesmente, sobre o prazer da partilha.
"As
canções e os poemas ignoram tanto acerca do amor. Como se explica, por exemplo,
que não falem dos serões a ver televisão no sofá? Não há explicação. O amor
também é estar no sofá, tapados pela mesma manta, a ver séries más ou filmes
maus. Talvez chova lá fora, talvez faça frio, não importa. O sofá é quentinho e
fica mesmo à frente de um aparelho onde passam as séries e os filmes mais
parvos que já se fizeram. Daqui a pouco começam as televendas, também
servem."
(José Luis Peixoto in Visão , janeiro de 2012)
(José Luis Peixoto, Google images)
Começaste lindamente, com José Luís Peixoto, que apenas "descobri" no ano passado e do qual fiquei fã... :)
ResponderEliminarL'amour, toujours l'amour! :D
Beijocas!
Teté
EliminarTambém gosto tanto do José Luis Peixoto! E este texto é tão simples, quase ingénuo, bem diferente do estilo a que ele nos habituou. Efeitos do amor!
Bjs
Ai, Teresinha...o tema que tu tinhas de escolher!!!
ResponderEliminarPara mim, a melhor definição de amor ainda é a do nosso Camões.
Bjs
(acho q fiquei doente)
Ana
EliminarNão gostaste do tema? Não me digas que ficaste doente por causa disso!
Bjs
Que coincidência, Teresa, iniciou também uma 'Quinzena do Amor'.
ResponderEliminarGostei. Nunca é demais. Vamos, pois, falar de amor e construir um mundo melhor.Gosto muito de José Luís Peixoto.
Bj
Olinda
Olinda
EliminarJuro que não quis roubar o nome da quinzena, saiu assim...
Mas concordo, no meio de toda esta crise, de toda esta tristeza, falar de amor é um bálsamo...
Beijinhos.
Gostei imenso dessa tua ideia e, imagina, gostei imenso do texto que escolheste. Como dizes, tão simples e tão verdade...
ResponderEliminarUm beijinho
Rosita
EliminarÀs vezes, as coisas mais simples são as mais verdadeiras. Ainda bem que gostaste do texto.
Bjs
Eu ADORO este homem! =)já escrevi no meu "poleiro" acerca dos livros que li e, uma das ideias mais fortes que me ficou foi precisamente a incapacidade confessa de amar que o JLP revela e que, ironicamente, demonstra como ele sabe amar as coisas mais ridículas e insignificantes. Soubéssemos nós todos amar assim...!
ResponderEliminarBriseis
EliminarDiga o JLP o que disser, o que ele revela é uma grande sensibilidade e capacidade de amar.
Bjs
Também eu estou a descobrir o Peixoto.
ResponderEliminarMas esta frase, que nem é de um livro seu, é mesmo extraordinária e define em absoluto o que é o amor: a partilha de pequenos "nadas"...
Pinguim
EliminarÉ isso mesmo, amar é partilhar com prazer mesmo as coisas mais insignificantes.
Bjs
Que bela ideia e que belo texto para começar...
ResponderEliminarAqui vai o meu contributo... passo a publicidade...
Excelente contributo, muito útil :)
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