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A mostrar mensagens de janeiro, 2010

Assim sou eu!

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A BlogGincana propôs uma brincadeira engraçada e original para este mês. Passo-lhes a palavra. Tarefas de Janeiro (as inscrições ficam abertas de 15/1 a 10/2): 1 - Postar no seu blogue uma fotografia com 10 objectos diferentes, numa composição estética livre. Será desejável que cada um dos participantes se identifique com um dos objectos expostos, dando à composição uma identificação mais personalizada e psicologicamente mais íntrinseca. Hoje foi dia de cumprir a tarefa. Mas este conjunto de objectos precisa de uma "legenda" (excepto para quem me conhece)! Então, vamos à explicação dos objectos e da sua ligação comigo. 1 - A pasta da escola. Com ela passo a maior parte dos meus dias. 2 - A mala de viagem. Porque adoro viajar. 3 - O velho álbum de fotografias. Porque preservo e acarinho as memórias familiares. 4 - A boina. Porque gosto de usar coisas na cabeça. 5 - O colar de fantasia. Faz parte das quinquilharias que eu gosto de usar. 6 - Os óculos. Os meus óculos

Postal de Lisboa XII - O Animatógrafo do Rossio

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O velho Animatógrafo do Rossio A vinte metros do Rossio, por trás do Arco Bandeira, precisamente no n.º 229 da Rua dos Sapateiros, situa-se o Animatógrafo do Rossio. Fundado em 1907 pelos irmãos Ernesto Cardoso Correia e Joaquim Cardoso Correia, era, à época, o mais luxuoso cinema de Lisboa, o primeiro a oferecer uma lotação de 100 lugares para assistir às novas variedades que vinham de França e dos Estados Unidos da América: as fitas de cinema. Abriu a 8 de Dezembro, com a estreia do filme "A Aventureira". A partir daí, teve as suas vicissitudes: foi palco de teatro de variedades, foi sede de companhia de teatro infantil, mas, durante a maior parte da sua vida, foi um cinema. Em 1984, estando então fechado devido à morte dos seus proprietários, a Associação Portuguesa de Realizadores de Filmes propõe este espaço para sua sede, mas tal intenção nunca veio a concretizar-se. Em 1994, reabre com espectáculos eróticos. Hoje, é a Sexilândia, com anúncio público na Inter

Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

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Faz hoje 65 anos que foi libertado o Campo de Concentração de Auschwitz-Birkenau. Esta data, que nos relembra um dos episódios mais ignóbeis da história da humanidade, foi aproveitada para a comemoração do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.  Houve algumas comemorações, embora, de um modo geral, a efeméride tenha passado despercebida. Podem algumas pessoas argumentar que os factos do Holocausto são já bem conhecidos e que não vale a pena andar sempre a falar da mesma coisa. Não concordo. O Holocausto Nazi foi a manifestação mais fria e desumana do desprezo pela vida humana. Foi um exemplo prático do ponto, sem retorno, a que pode chegar o ódio, o fanatismo e a intolerância. Acho que nunca é demais falar sobre isso, estudar e ensinar estes acontecimentos, reflectir sobre eles. Independentemente de quem foram os carrascos e de quem foram as vítimas, o fenómeno do Holocausto deve ser visto como um paradigma da violência do Estado sobre o indivíduo, da indiferença em r

No dia em que eu gostei de um jogo de futebol!

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Dita por mim, esta frase tem o peso de um "No dia em que os animais falaram!" ou outra coisa idêntica, de pasmar. Eu tenho com o futebol uma relação difícil, não distingo um fora de um livre, não percebo porque é que têm de chamar mister  ao treinador, quando toda a gente se levanta e grita eu preciso de ouvir o locutor da televisão para perceber se foi golo ou penalty.  Na verdade, não tenho paciência para ver um jogo inteiro (acho que nem no Euro 2004 o consegui). Só fui uma vez a um estádio ver um jogo a sério e distraí-me a ver o espectáculo das claques, já que não conseguia interessar-me pelo que se passava no relvado. Na generalidade, acho as claques um bando de gente abstrusa e com um fanatismo pelo seu clube, para mim totalmente incompreensível. Pronto, sou do Sporting, mas mais pelos meus meninos que lá jogam. Posto isto, e bem definida a minha posição futebolística, admito: ontem, quase gostei de ver o jogo que opôs o Benfica All-Stars aos amigos de Zidane e Ronald

Apontamento de Alcochete

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Alcochete é a minha aldeia. Talvez por ter nascido e crescido na cidade grande, sinto Alcochete como a minha aldeia. Dizem que é uma vila. Mas tem mentalidade de aldeia. Também dizem que toda esta água que a rodeia é o estuário do rio Tejo, aqui na sua máxima extensão. Mas, para mim, é o mar de Alcochete, de largos horizontes. Aqui, o rio namora descaradamente as casas, em cada esquina. E as gaivotas pousam no pátio da minha escola, a apanhar os pedacitos de pão que os miúdos deixam cair. De tanto olhar para elas, já sei distinguir as gaivotinhas que nasceram este ano, de penas escuras e bico cinzento, das gaivotas mais velhas, que já mudaram as penas e pintaram o bico de cor-de-laranja. Já sei distinguir as rolas-da-Índia, que voam misturadas com os pombos. Sei reconhecer as garças e os alfaiates, que debicam nas salinas, por entre os flamingos. Sei tanta coisa que não sabia, antes de vir morar aqui! Estamos sempre a crescer por dentro!  (Fotografia de FAires)

Gosto bué de ti!

Aqui há tempos, andou a circular na internet uma carta de amor muito engraçada, endereçada a um tal Jorge Daniel. Mas agora os putos já estão muito à frente e já perceberam que as novas tecnologias é que estão a dar! Ora, o Luis, que eu não conheço pessoalmente mas que me conquistou sem reservas, resolveu declarar o seu amor directamente no YouTube. Não sei o que pensou disso a rapariga dos seus sonhos, mas eu quase chorei... a rir. Vale mesmo a pena ver, até ao fim! Boa sorte, Luis!

O melhor e o pior da raça humana

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As c atástrofes tendem a revelar o que de melhor e de pior tem a raça humana. A terrível catástrofe que se abateu sobre o Haiti não foi excepção. Não sou daquelas pessoas que vêem lados negros em tudo. Emocionou-me o sofrimento tremendo de todo aquele povo e, se imaginasse que alguém me poderia dar uma resposta, apetecia-me perguntar: "Como é possível acontecer uma desgraça destas num país que já é um dos mais pobres do mundo? Adicionar uma catástrofe natural a um país que já vive em estado de catástrofe social?" Enfim, os sismos não fazem cálculos de prejuízos. Acontecem, simplesmente. Também me emocionou a prontidão e a entrega com que as equipas internacionais se lançaram às tarefas, todas elas difíceis, de tentar resgatar sobreviventes, de levar comida, água, cuidados de saúde, a uma população carente de tudo e em estado de choque, de tentar manter a ordem e a operacionalidade no aeroporto, nas ruas, nas distribuições de alimentos.  Todos vimos equipas multi-nacionais,

Carta de Condução

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Não consigo explicar qual a razão pela qual ainda não coloquei aqui no blogue um poema de José Luis Peixoto. Creio que é um dos escritores e poetas mais interessantes e originais do panorama português actual. Gosto dele por muitas razões, todas especiais. Escolhi este poema. Podia ter escolhido outro. José Luis Peixoto tem o condão de nos tocar e emocionar em cada palavra. Carta de Condução Já tive um carro da cor dos teus olhos. Deixava-o estacionado à frente de prostíbulos onde alugava quartos com vista sobre o quintal dos vizinhos. Esperava por semáforos, sem saber que esperava apenas por ti. No auto-rádio, a tua voz cantava fados demasiado velhos até para a minha mãe. A segunda circular era uma manifestação pacífica de pára-brisas, as palavras de ordem eram simples porque ainda não sabia que já me tinhas escolhido. Quando os outros rapazes folheavam revistas de carros nas aulas de matemática, eu apenas me interessava por unicórnios e farmácias abandonadas.

Lisboa, de regresso

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E screvia Carlos Carneiro nesse livro, que é uma autêntica injeção de leveza e boa disposição, chamado "Até onde vais com 1000 euros?":  A melhor sensação de viagem é saber que temos sempre alguém à nossa espera. Eu acrescentaria: outra boa sensação de viagem é saber que temos um sítio à nossa espera, um sítio que nos pertence porque nós lhe pertencemos, um sítio que reconhecemos e onde nos reconhecemos. Regressei, como muitas vezes acontece, de avião. Da minha raivinha aos aviões, e da ligeira claustrofobia que aí me ataca, já dei conta noutra crónica. Não vou voltar a falar disso. Mas apetece-me falar da emoção que toma conta de mim sempre que regresso e vejo, lá de cima, a minha cidade. Lisboa padece de vários problemas, todos o sabemos. Mas quase o esquecemos quando olhamos, da janelinha do avião, e a vemos cá em baixo. Parece tão organizada, com os seus bairros e as suas ruas e avenidas convergindo para praças centrais! Lá de cima, não vemos lixo nem degradação. Vemos

Pausa

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Por razões de força maior, este blogue vai fazer uma pequena pausa. Mas eu voltarei, prometo. ( Sesta , Almada Negreiros)

All you need is love!

O ra aqui está uma iniciativa internacional que é de aplaudir. No dia 7 de Dezembro de 2009, pessoas de 156 países diferentes uniram-se ao cantarem a mesma canção, exactamente à mesma hora. Este é o video que junta pedacinhos da contribuição de todos esses países. O objectivo era alertar para a Sida em África. Não sei se alertou alguém para a Sida, mas o facto de pôr pessoas de todo o mundo em relação, a interagirem por um objectivo comum, parece-me que já é suficientemente importante. Porque realmente, neste nosso mundo tão egoísta, "all we need is love"!

Mensagens nos céus

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Aqui há tempos, encontrei num blogue amigo um texto interessante sobre a forma como os povos antigos interpretavam o céu  e as estrelas. Uma dessas interpretações espantou-me e encantou-me. Segundo parece, os índios norte-americanos consideravam que o firmamento era um livro de sabedoria, e as estrelas os ensinamentos que os primeiros homens aí tinham fixado. Lembrei-me disto ao rever as fotografias da passagem de ano. Desde a Nova Zelândia, a primeira a festejar, até às ilhas do Pacífico, durante quase vinte e quatro horas, assistimos pela televisão a uma sucessão de festejos, todos com um ponto em comum: o fogo de artifício. Por todo o mundo, à hora da passagem do ano e, neste caso, da década, estrelejaram nos céus cascatas de luzes, explosões de cores. Alguns destes espectáculos são magníficos e famosos no mundo inteiro. Outros são mais modestos, para consumo caseiro, e são lançados no largo da praça da vila mais modesta, como nas baías dos grandes centros turísticos. Mas estão

Ágora

Como sabem os que por aqui me seguem já há algum tempo, gosto de aproveitar as nossas "interrupções lectivas" para pôr um pouco em dia o meu gosto pelo cinema e ver um ou outro filme que não tenho tempo de ver noutras alturas. Aproveitei então e fui ver, por sugestão da Ana , o filme "Ágora", que retrata os últimos anos da matemática e filósofa Hipátia, na cidade de Alexandria. O filme, realizado por Alejandro Amenabar, começa em 391, isto é, no ocaso do Império Romano, na época em que o Imperador Teodósio declara o Cristianismo a religião oficial do Império Romano. Tenho uma simpatia clara por Hipátia, é a primeira mulher matemática numa cidade fascinante, a Alexandria helenística, centro do conhecimento e da multiculturalidade mediterrânica. A veracidade histórica é bastante razoável. Os personagens principais são figuras históricas, desde o pai de Hipátia, Theon, até ao Bispo Cirilo. Parece que Hipátia era mesmo uma mulher assumidamente independente e celibatári

Laços

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F ui ago ra de manhã aos Correios buscar uma encomenda do Brasil. É um livro, que me foi enviado por uma amiga que conheci através deste blogue. Também lhe enviei um livro, mas sei que ainda não chegou. Conheci-a, como conheci outras pessoas, a partir do acaso de um clique, ou de algum aspecto de me despertou a curiosidade no blogue de algum amigo comum. Mas o acaso terminou aí. Só continuamos a ler e a comentar os nossos blogues respectivos porque assim o escolhemos.  Ultimamente, tenho lido muita coisa na blogosfera acerca dos blogues e das amizades virtuais que aí se constroem, assim como nas outras redes sociais da Internet. Desde pessoas que se acham detentoras da verdade absoluta sobre blogues, e o que eles devem ser, e o que devem conter, até pessoas que só utilizam a blogosfera para a sua promoção pessoal, encontra-se de tudo. Há aquelas pessoas que nos vêm comentar e nem se dão ao trabalho de dizer uma palavra sobre o nosso post, porque o objectivo é a promoção do seu próprio

Momento

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(Este texto integra-se no tema "Beleza", proposto para o mês de Janeiro pela Fábrica de Letras ) A mulher abriu a porta do automóvel e dirigiu-se com dificuldade para a entrada do hospital. No guichet, a funcionária perguntou-lhe: - Está muito aflita? Traz acompanhante? Precisa de cadeira de rodas ou acha que consegue andar? Diga-me só o nome e a morada. Respondeu às perguntas e explicou que vinha com o pai. O marido tinha ficado em casa, com os dois filhos mais velhinhos. - Pode entrar, o elevador é ali à direita. Sai no 2.º andar, eu vou avisar, a enfermeira já vai estar lá à sua espera. Lá foi, andando com passos pequeninos, parando a cada contracção, tentando controlar-se. Eram 4 horas da manhã, o hospital estava vazio e os seus passos hesitantes ecoavam no corredor. No 2.º andar, a enfermeira já a esperava. Com os seus evidentes anos de experiência como enfermeira-parteira, tomou logo as rédeas da situação. - Vamos ver como está a dilatação. Já tem três dedo

É tempo de...

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Chegou um Novo Ano É tempo de refazer os sonhos ainda não realizados e acreditar que iremos conseguir concretizá-los. É tempo de aprender com os erros do ano que passou e brindar o ano que chegou com um sorriso. É tempo de pegar em todas as derrotas do ano que passou e transformá-las em pequenas batalhas que este ano tentaremos ganhar. Bom 2010!