Tinha 12 anos e tinha medo

Esta semana, um aluno suicidou-se por não aguentar os maus tratos infligidos pelos seus colegas, na escola. Já tinha ido parar ao hospital, já tinha chorado, já se tinha queixado. Não sei o que aconteceu aos colegas dele. Ele morreu. Tinha 12 anos e chamava-se Leandro.
Sou professora, já há muitos anos. Comecei no tempo em que a escola dava aos alunos ferramentas para eles seguirem o seu percurso. Mas a escola era ajudada pela sociedade, pelas famílias. Hoje, sinto que a escola, muitas vezes sozinha, não consegue ajudar aqueles que acolhe. Mais, devido a muitas perversidades desenvolvidas ao longo do tempo, abandona os mais vulneráveis e frágeis, enquanto se esgota em burocracias e planos românticos e ineficazes. 
Esta semana, o Leandro morreu. Somos todos responsáveis. Até quando vamos continuar a assobiar e olhar para o lado?

Tinha 12 anos e tinha medo 
E tinha um pesadelo
E um pântano no olhar
E o corpo numa grade
E a alma numa cela
E o sonho de um rio
Onde o medo se afogasse.
Tinha doze anos e uma escola
Que lhe ceifava as asas
E o fechava nesse medo
Que tinha e tinha doze anos!
"Tão jovem! Que jovem era?
Agora que idade tem?"
Chamava-se Leandro e era pequenino
Com um pavor tão grande
Que se abraçou às águas
No rio triste que o acolheu
Para o libertar do pântano
Onde o medo lhe tolhia
O respirar de cada dia.
E voou...
Que céu te acolhe, Leandro?
Que escola te matou?


Comentários

  1. Simplesmente revoltante e estou arrepiada com isso! Não sei se viste minha postagem de ontem falanos do que aconteceu com meu netinho. Te mando um link pra ,se tiveres tempo:

    http://sementesdiarias.blogspot.com/2010/03/desabafando-pra-nao-explodir.html

    è esse o mundo que queremos???Triste! Muito triste mesmo! Esse meninofoi acolhido ao céu e os pitros deveriam estar onde???

    beijos,revoltados com essa realidade!chica

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  2. Só para te dizer que o que aconteceu com o Leandro (como tem acontecido com outros Leandros) me deixa muito frágil, com "uma dor intensa... fria... negra... enorme".

    Há muitas questões a pôr... agora...

    Bem hajas, pelo post, Teresa

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  3. Chica
    Já fui lá ler. Como é revoltante. E como devemos proceder? Que mundo é este que todos criámos?
    Bjs

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  4. Magy May
    Sim, há outros Leandros a precisar de ajuda nas nossas escolas, não duvides. Temos todos de começar a pôr questões, e muito rapidamente. Como por exemplo, que escola queremos?
    Bjs

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  5. Pois é, Teresa
    E quantos Leandros, com 10, 11, 12....15, 16 anos naõ existem?
    Já nos preocupamos alguma vez e olhar para dentro de um Leandro? Pois, é tudo uma burocracia romântica, mas ineficaz. E viva a papelada!!(a dos tais planos de recuperação. Recuperaram o Leandro?)

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  6. Olá Teresa,
    Não só as escolas são as culpadas! Se os professores tivessem mais autoridade, talvez houvesse mais respeito... e logo não aconteciam agressões tão graves que levassem ao ponto do suicídio. E também me questiono: será que ninguém reparou no estado depressivo do Leandro?? Ou ele disfarçava assim tão bem??
    A realidade é que cada vez mais, os números de agressões nas escolas aumenta, e por conseguinte os actos de desespero também!
    Abraço
    Ana

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  7. Olha, o meu filho mais novo foi vítima de bullying, durante algum tempo. As agressões aconteciam no trajecto para casa e nunca no recinto da Escola. Ninguém assumia responsabilidades. Acabou por mudar de escola...
    Dizes que somos todos responsáveis... mas não me sinto responsável. A minha responsabilidade é perante o meu filho, não perante os dos outros. Se alguém é responsável, são as pessoas com poder para mudar alguma coisa nas Escolas e nada fazem. Não são as associações de pais! Mudam-se estatutos do aluno de modo a desresponsabilizar cada vez mais os jovens... em lugar algum é lhes pedido que assumam responsabilidades... enfim... Na verdade, embora estejamos todos tristes com a notícia do menino que não aguentava mais e solidários com a sua famíla, outros meninos, os que o agrediam, também são crianças em risco, a quem alguém deve dar a mão! Temos demasiada tendência para dividir o mundo em vítimas e culpados... e eu não sei lidar com isso dessa forma, talvez por formação, talvez porque faça parte da minha natureza ser empática e tolerante. Quem se lembra destes jovens, tão a precisar de apoio, agora? É sempre mais fácil culpar os desprotegidos, do que assumir responsabilidades! O ME dá o exemplo de desrespeito pelos profs e alunos constantemente... enfim... Olha, muito haveria que dizer sobre este triste caso, mas fico por aqui.

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  8. Ana
    Os planos não recuperaram o Leandro, como claramente não recuperaram os agressores do Leandro. Eu acho que nós andamos tão esgotados e sobrecarregados com a bendita papelada que deixámos de ter capacidade para intervir onde é necessário.
    Bjs

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  9. Ana (Nocas)
    Claro que as culpadas não são só as escolas, as escolas são o depósito da sociedade, espera-se tudo delas, não é possível. Segundo ouvi, o Leandro deu muitos sinais, mas, quem está dentro das escolas sabe bem como hoje é difícil castigar os alunos, que são muito desresponsabilizados. Eu acho que toda a gente é responsável pelo que faz e os jovens também, dentro de limites. Nas escolas falta responsabilização, autoridade, respeito pelos outros, pelo próprio espaço da escola. Isto é uma realidade.
    Bjs

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  10. quanto lamento LEANDRO que ninguém tivesse reparado em ti, para além dos teus agressores ...

    e qual será o problema que os levou a agredir-te gratuitamente ?

    o que podemos fazer para alem de tentarmos aliviar a nossa consciência colocando aqui as nossas bem intencionadas mensagens

    ana bela félix

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  11. Eva
    Todos somos responsáveis, sim. Os que estão dentro das escolas, mas também os que estão fora e que devem exigir que os governos ajudem as escolas a ser espaços de aprendizagem, onde impere a ordem, o respeito, onde seja bom estar.
    Infelizmente, nas escolas há bullying, sim. E não podemos estar sempre a desresponsabilizar quem o faz, com a desculpa de que são jovens em risco ou qualquer outra coisa. São jovens, sim, a quem a sociedade está a dar o pior sinal, de que se pode fazer tudo, sem grandes consequências. Eles estarão a precisar de apoio? Sim, mas o Leandro está morto.
    Bjs

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  12. Ana Bela
    Não sei qual o problema, mas tenho assistido e intervindo em muitas situações: talvez o Leandro fosse mais pequeno, tivesse óculos, fosse gorducho, gostasse de poesia, ou qualquer outra razão. Infelizmente, os que repararam nele também tinham medo dos que o agrediram.
    Também me interrogo, o que podemos fazer além de postar bem intencionadas mensagens?
    Obrigada por ter vindo aqui. Volte sempre.

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  13. Teresa,

    tb sou professora de "meninos" mais crescidos (15 a vinte e poucos anos) e tb há por lá Leandros em potencial. Os que levam dos outros, os que tremem, os que fogem... e há os que perseguem os Leandros que, ainda por cima, são eles os perseguidos por famílias desfeitas e com elementos desequilibrados. Esta semana tb tive um agressor e um potencial Leandro na minha DT e o mais curioso é que a solução que a turma sugere é... regime militar! Eles afinal querem que os profs exerçam a autoridade (a que tem sido retirada aos professores, essa mesma!). Não é o autoritarismo, mas a autoridade e cada vez é mais difícil exercê-la, porque a família tb a perdeu, a sociedade está à deriva e os Leandros desta vida (bem como os seus perseguidores, não o esqueçamos!) são as vítimas. Há os que perseguem e os que fogem, mas estão todos à deriva.
    Meu Deus, como chegámos a isto??????

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  14. Maggie
    Partilho da tua angústia. Acho que quem está na escola se apercebe melhor, talvez, da degradação social, da evaporação dos valores, da autoridade familiar. Eu não me surpreendo com a proposta dos teus alunos. De uma forma difusa e não reflectida, eles sentem a necessidade da ordem e de regras claras. Tenho tido alguns alunos dos CEF, por exemplo, (portanto alunos mais problemáticos) que acabam a escola e vão como voluntários para o Exército. Tenho-me interrogado porque será.
    Bjs

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  15. Creio que o estado de angústia é comum a todos. Eu tenho um filho que infelizmente sofre de alguma descriminação por parte de alguns colegas, quer de turma, quer da escola em geral, e confesso, de alguns professores também, apenas porque é gorduchinho. É uma injustiça! Somos todos iguais! Mas como explicar isso a uma criança que sente na pele a descriminação? Eles ganham medos, baixa auto-estima, fecham-se neles próprios e nós não sabemos exactamente como agir. A educação começa em casa, isso todos sabemos, mas não foi sempre assim? Como é que subitamente perdemos o controlo das nossas crianças? Que é feito do pulso firme dos nossos pais, que actualmente à primeira coisa, é confundido com violência? Não sou apologista de se bater nas crianças, nem das antigas reguadas, mas tenho que admitir que elas me fizeram muito bem.

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  16. Conheço a escola em que trabalho.
    Sinto uma tristeza profunda pelo Leandro e não consigo dizer mais nada. Guardo para mim a revolta do que vejo e oiço diariamente.
    Bj

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  17. Oi Teresa
    Viu lá, os amigos gostaram sim , fiquei contente porque sou meio envergonhada com essas coisas, quando iniciei queria ficar bem desconhecida, sem nada pessoal, mas aos poucos vamos deixando acontecer e nos bastidores( c0mentários) falo um pouco mais ,e vamos desenhando mais como é nossa vida.
    Obrigada Teresa, pode se meter a vontade, e o importante também e se voce gostou, sua opinião eu levo fé rs
    Agora, seu texto,que chocante isso.Se nas escolas não há um clima de paz, se nao conseguem o mínimo de segurança e mudanças no comportamento dos alunos é preocupante. Não acontece só aí, mas nada justifica esse caos geral que se tornou a educação.Lamentável.
    abraços e obrigada kirida pela simpático desejo de presentar-me com chocolates suiços, vamos pensar nas trocas de presentes em alguma época festiva rsrs aniversários por ex.
    bjnhos

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  18. Helga
    Eu compreendo-te. O teu filho é gorduchinho, o meu era baixinho e usava óculos. Não é preciso dizer mais nada, não é?
    Eu também acho que há falta de autoridade, é um problema geral, mas na escola é particularmente grave, porque a forma como actuamos marca as crianças para o resto da vida.
    Bjs

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  19. Romicas
    Revolta pelo que vemos e ouvimos e não conseguimos mudar, todos os dias. O que podemos fazer para alterar isto?
    Bjs

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  20. Lis
    Infelizmente, a degradação na educação parece ser um problema da sociedade ocidental. Acertaste nos pontos importantes: paz, segurança, devia ser este o clima das nossas escolas, para que a mudança nos comportamentos dos alunos fosse no sentido certo, de um maior respeito pelos outros. Como chegar lá?
    Bjs
    (claro que os amigos gostam de saber coisas sobre nós, é uma forma de sairmos das palavras)

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  21. Bem... mais uma vez. mais um caso. mais uma vítima. mais tudo e mais nada. tudo acontece nas escolas portuguesas. nada se faz para mudar. Os "Leandros" da nossa sociedade são mais que muitos. Aos "Leandros" faltam as forças e a coragem. Aos pais falta-lhes o pulso (que muitos não querem ter). Aos corpos docentes falta a autoridade que lhes foi retirada.
    **
    Num mundo em que cada vez mais se cultiva o "salve-se quem puder" não é de admirar que aconteçam situações destas. Infelizmente, não estou admirada. Infelizmente não estou chocada. Porque estes são os frutos do pomar que plantámos. Não falo de ninguém em particular. Falo de todos no geral. E, falando por mim, eu só como o fruto se eu quiser. Sou mãe sozinha e só eu sei o que custa criar criança sozinha no país em que estamos.
    Não são só os alunos que são vítimas de rebeldias de outros alunos. Os professores muitas vezes também o são. Só para te dar um exemplo, quando a minha filha estava no 2º ano a primeira vez que ficou de castigo aconteceu assim:
    "Caro Enc. de Educação,
    Venho por este meio informar que a M.Carolina, durante a aula de hoje andou muito pouco concentrada e faladora, por vezes distraindo os restantes colegas. As tarefas que lhe foram solicitadas na aula, não as terminou. Falei com ela e disse-lhe que teria que lhe aplicar um castigo, mas antes escrevo-lhe para pedir a sua autorização e perguntar-lhe se concorda. A minha sugestão seria, se concordar, retirar o intervalo da mnhã à Carolina, para que ela termine as tarefas que não terminou. Cumprimentos, S.L."
    Ou seja... a professora estava com medo!
    **
    Sabes Teresa, fiquei escandalizada, estupefacta! Só pensei, mas que raio andam eles a fazer no ME?? O que foram eles fazer à autoridade dos Professores?? Agora é preciso o professor pedir autorização aos pais para aplicar um castigo??? Afinal onde é que vamos parar, caramba???
    É claro que autorizei. Não só autorizei como dei "autorização" à professora para o fazer sempre que entendesse. E ainda avisei a minha rica menina que se me viesse fazer "queixinhas" da professora ainda redobrava o castigo! Mas onde é que já se viu?? No meu tempo dei muitas vezes a mãozinha à palmatória! E, no entanto, também era pequenina!! E quantas vezes não levava ainda mais quando chegava a casa a fazer queixinhas...! (até que aprendi, claro!!!)
    Para a minha filha não há cá 'pão mole'! Isso é que era bom! E se houver para lá qualquer movimento de rebeldia em que ela esteja metida (contra algum colega, ou contra ela) eu vou à escola e corto o mal pela raíz juntamente com a professora! Isso é que era bom!!
    Se os professores não têm autoridade para fazer muito, os pais têm que colaborar o mais possível. Afinal somos todos educadores e devemos trabalhar em conjunto!!
    Se as crianças são o futuro do nosso país, então querem o quê??? Criar pequenos monstrinhos???
    **
    Para mim não há profissão mais importante que a de Professor (principalmente se for do 1º ciclo)... caramba será que esta gente não vê??
    **
    Se não tivessem arruinado o estatuto do professor talvez não houvessem tantos "Leandros" nas escolas! Mas já que o ME decidiu transformar um professor num administrativo que passa a vida a preencher papel, como se não tivesse nada mais importante para fazer, os pais têm sim que entrar em acção! Xiça!!!
    **
    Teresa, desculpa-me a extensão do comentário... mas estas situações revoltam-me sobremaneira!!

    Beijinhos**

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  22. Lala
    Por favor não me peças desculpa, eu é que te agradeço. Porque é preciso que toda a sociedade perceba o que se está a passar. E perceba que muitas vezes os professores não podem fazer mais do que fazem.
    Essa questão da falta de autoridade do professor é uma questão central. O encarregados de educação são chamados a dar opinião sobre tudo, até aquilo de que não entendem. Muitos, na tua situação, não dão autorização e ainda estão contra os professores.
    Só espero que este caso triste sirva para alguma coisa, para nos fazer reflectir, para evitarmos que haja mais Leandro.
    Bjs

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  23. Teresa.
    Esta, como outras noticias semelhantes, angustiou-me.
    Não sei se o suicídio de uma criança ou de um adulto resulta de estarmos a criar monstros. Não sei, confesso.
    O pôr termo à vida, em jovem ou adulto, é um acto tão velho como a Humanidade. Estudei o assunto tanto quanto me foi possível, sem chegar a qualquer conclusão, o que ainda mais me confrange. É natural, e acontece, perante um caso como este, deixarmo-nos dominar por um sentimento de culpa. Psicólogos e psiquiatras buscam respostas, ensaiam explicações, mas cada caso é uma caso, e continuo a dizer não sei, não sei. E a angústia não se me despega.
    É certo que uma mão estendida a tempo pode evitar a tragédia. É a única certeza que tenho. Por isso sonho por um dia em que não haverá crianças a morrer de fome. A fome a que me refiro inclui a dos afectos, do amor, da compreensão e da ajuda.
    Provavelmente o Leandro tinha a alma numa cela (como li nas suas sensíveis palavras) e atirou-se aos braços que o quiseram acolher.
    Creio que a nefasta banalização do exercício docente, imposta ou aceite de modo próprio, o esvaziar a Escola de valores, a omissão da família e a desumanização da sociedade actual são contributos para o que, cada vez mais, vai acontecendo.
    Acredito que, antes do mais, é necessário e urgente recuperar a Família...
    No meu tempo de escola também choviam os epítetos: gordinhos, baixinhos, caixa-de-óculos,trinca-espinhas, perna torta, e sei lá que mais, com querelas à mistura. Mas o regresso a casa era a entrada num porto de abrigo - a Família, que nos rodeava, ouvia e apontava caminhos.
    Na escola, e até mesmo no primeiro ano de liceu,lá estavam os meus queridos professores sempre com a palavra e o gesto certos!
    Hoje, excepções à parte (tenho orgulho na tribo que criei), tudo parece estar perdido.
    Como recuperar a Família e a Escola?
    Não sei, Teresa, não sei que volta dar a isto.
    BJS

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  24. Carlos
    Partilho totalmente da sua angústia e também da sua desorientação.
    Onde falhámos? O que fazer?
    Uma coisa sei, não podemos fingir que nada aconteceu.
    Bjs

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  25. É chocante, realmente, mas o bullying só é novidade no nome. Sempre existiu sob outras designações. a diferença é que na altura os pais estavam mais atentos, tinham mais tempo para apoiar os filhos e desdramatizarem a situação, ou mesmo resolvê-la, indo à escola, falndo com os filhos, etc.
    A falta de tempo dos pais também contribui para algumas situações que ocorrem na escola, onde normalmente as crianças são as principais vítimas.

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  26. Carlos B. de Oliveira
    Sei dúvida, sempre houve bullying, com este nome ou não. O que diferia então? Os pais tinham autoridade, e até eram capazes de dar uns tabefes aos miúdos, se achavam que era caso disso. Os professores também tinham autoridade, pegavam nos miúdos por um braço, pregavam um susto e o caso passava. Hoje, não há uma coisa nem outra. Há desresponsabilização e impunidade. E são os mais frágeis que sofrem.
    Não, a Escola não melhorou. Apenas tem mais gente dentro.
    Um abraço.

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  27. É como tão bem diz, Teresa: " Somos todos responsáveis".
    Já não podemos salvar o Leandro, infelizmente. Mas é tempo de pensarmos, muito sériamente, o que podemos fazer para evitar que outros, tantos... como ele vivam com medo!

    Um beijinho para si e bom fim de semana.

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  28. Maria João
    Que esta triste história sirva, pelo menos, para nos pôr a reflectir sobre a Escola e a sociedade, e a sua responsabilidade na formação das crianças.
    Bjs

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  29. Ficamos chocados quando lê-mos sobre esta noticia. É mesmo muito triste. Esperemos ao menos que sirva para colocar alguma consciencia nas pessoas.
    Bjs

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  30. Este assunto é tão revoltante, causa-me tanta repulsa que pouco posso dizer.
    Apenas deixo uma pergunta: quantos Leandros será necessário deixar suicidar,para alguém tentar resolver o assunto???
    E mais um ponto: vejo e oiço na TV os arautos das "novas pedagogias" pedirem cautela com os eventuais traumas causados nos agressores - valha-me Deus!!!!

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  31. Vagamundos
    Que, ao menos, sirva para reflectir.
    Bjs

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  32. Pinguim
    Pois, não posso estar mais de acordo contigo!
    Bjs

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  33. O caso de bullying ocorrido em Mirandela vem expor à saciedade a gravidade desta praga. O problema já ultrapassou os portões escolares para entranhar-se de uma forma asquerosa na vida social e no local de trabalho. Porque não estamos a falar apenas de uma obsessão pelo poder, da dominação sobre um indivíduo, mas de um agressor que ameaça tornar-se num potencial criminoso. Esta forma de intimidação pode ter tido origem dentro do ambiente familiar onde a educação infantil não foi devidamente acautelada. A escola de Mirandela foi a primeira a descartar-se, por isso, à semelhança do que aconteceu noutros países com casos semelhantes, deveria ser duramente responsabilizada, começando pelo autismo das chefias e reforçando a vigilância preventiva de todos os intervenientes do sistema educativo.

    http://dylans.blogs.sapo.pt/

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  34. Dylan
    Estamos a falar de domínio, de agressão, mas a escola sozinha não pode fazer tudo. O sistema tem de reforçar a autoridade nas escolas, sob pena de haver outros Leandros.
    Bjs

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