Lagarinhos
(Este texto integra-se na blogagem colectiva “As Férias na minha Terra” proposta pela Susana, do blogue “Aldeia da Minha Vida”)
Por vezes, durante alguns dias, troco o estuário do Tejo pela paisagem serrana desta aldeia da Beira Alta, berço de alguns familiares do meu marido. Não seria capaz de viver aqui, sou demasiado urbana. No entanto, gosto da pureza ingénua da aldeia. Gosto de acordar com o som do sino da igreja. Gosto de abrir a janela de manhã e ver os cumes da Serra da Estrela, coroados de neve, ou de nuvens, ou banhados de sol. Gosto das casas de granito, sólidas, sérias, fiáveis. Gosto do forno comunitário da aldeia, onde a prima Rosita ainda sabe cozer pão e bôlas de carne. Na Primavera, gosto dos campos e encostas polvilhados com os tufos de florinhas brancas da urze, como uma neve tardia. Gosto dos cães da serra. Gosto dos caminhos ladeados de pinheiros e delimitados por pedras centenárias.
Lagarinhos / Abril 2009 (Foto de Fernando Ferreira)
E, imperdível mesmo, gosto do arroz de carqueja e da feijoada à moda dos pastores da Serra da Estrela do restaurante “O Júlio”, em Gouveia, que por acaso não me paga a publicidade!
Obrigada por me fazer ir até Lagarinhos :) não conhecia!
ResponderEliminarnota: tem lá um desafio, Teresa, caso lhe apeteça :)
beijinhos
OLá Teresa,
ResponderEliminartambém sou urbana como tu, todavia também sabe bem passar uns dias (não muitos) no campo. A paisagem, os cheiros, os sons são outros. Também as pessoas são mais abertas e vivem a um ritmo diferente.
Faço isso sempre que posso, pois é numa aldeia, perto de Mirandela, que minha mãe reside.
Beijinhos
Foi bom passear contigo nesse lugar calminho e comer essas comidinhas...Lindo!beijos e um lindo fim de semana,chica
ResponderEliminarTeresa: Não conheço essa aldeia, mas fiquei com vontade de conhecer e de saborear um bom prato no Restaurante do Senhor Júlio!
ResponderEliminarObrigada pelo teu contributo! Fiquei a conhecer mais um recanto, aqui tão perto de mim!
Bjs Susana
Obrigada, amigas.
ResponderEliminarÉ um sítio bonito e verdadeiro, de facto.
Bjs
Teresa,
ResponderEliminarAdorei o tom da sua prosa ao descrever a Aldeia Beira Alta, onde passa suas férias. Aqui no Rio tem um azeite que leva o nome da sua cidade: Azeite Beira Alta. Fiquei encantado ao conhecer o pedacinho de mais um paraíso.
Apesar de ter-se mantido dentro da proposta da blogagem - dez linhas - logo, um texto breve e até pequeno, escreveu coisas grandes, de valor imensurável. Não tem preço que pague a pureza das pessoas e a beleza que todo pedaço de chão que amamos revela.
Colocou um pouco de você ao expressar com beleza e carinho um pouco de cada coisa e foi de bom tom a publicidade gratuita.
Parabéns!
Abraço do amigo,
Antonio
António
ResponderEliminarObrigada pelas palavras. A minha ideia foi mesmo essa - dentro do número de linhas previsto, dizer algo mais do que uma descrição do local. Mais do que uma descrição física, uma descrição emocional, talvez.
Ainda bem que acha que consegui.
Um abraço