Coisas que eu detesto II - Papás hiper-babados



Todos os pais normais amam os seus filhos e tentam protegê-los. Eu não sou exceção, até sou um bocadinho mãe-galinha (mas só um bocadinho!). No entanto, creio que nunca perdi o sentido das proporções.
Mas há uma subespécie dos pais normais que é verdadeiramente insuportável, os hiper-babados! Encontramo-los por todo o lado: olham benevolentes, enquanto os filhos fazem birras, gritam, atiram com os brinquedos, enfim, incomodam toda a gente; entopem as ruas junto às escolas, para levar os filhos à porta da escola, não vão os meninos partir-se se caminharem cem metros; não os deixam brincar no parque, mas saturam-nos de atividades extra-escolares, encontrando capacidades artísticas ou desportivas extraordinárias na energia normal das crianças; aborrecem toda a gente nas reuniões de amigos, com as histórias ininterruptas dos seus fantásticos rebentos; não os contrariam, nem corrigem as respostas mal-educadas, para não coartar a espontaneidade das criaturinhas; e, quando começam a ser chamados à escola para serem informados do mau comportamento dos descendentes, disparam em todas as direções, considerando que a culpa é dos amigos, que são más companhias, dos professores, que não os compreendem ou tomam de ponta, da escola, que não os corrige. Dão-lhes tudo, passando por vezes necessidades para proporcionarem aos filhos bens completamente supérfluos. Acham-nos encantadores. 
Quando percebem que criaram uns seres egoístas, exigentes e egocêntricos, geralmente, já é tarde de mais.


Comentários

  1. aaaaaahhhh, Teresa... alguns, acho que não chegam a perceber nunca que criaram um monstrinho... Precisamos de disciplina e de rigidez, que nunca criaram tão maus homens como os que vemos hoje, que se acham donos do mundo.

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    1. Um bocadinho de disciplina e umas quantas regras nunca fizeram mal a nenhuma criança...

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  2. Concordo plenamente, também trabalho com crianças pequenas e assisto a cada cena!
    xx

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    1. Pois é Papoila, e temos de assistir de boca fechada...
      Bjs

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  3. Essa de os levarem à escola até ao portão, estacionarem mal e nem pedirem desculpa é recorrente e das coisas que mais me irritam! Entre outras coisas que refere, claro, sabemos muito bem o que nos aparece nas escolas.

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  4. Eu passo-me com essa dos carros à porta das escolas, até porque no caminho para casa, passo por uma; e nunca há um agente a pôr ordem naquilo, mas se calhar a 100 ou 200 metros estão a multar um carro em segunda fila por 5 minutos...
    Há outra coisa que não referiste; é quando os pais levam os rebentos, no Carnaval, mascarados a passearem para os centros comerciais. Por favor...

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  5. Desconfio sempre de gente que elogia demais os próprios filhos, pequenos ou crescidos! Crianças ou adultos, todos têm os seus defeitos e qualidades.

    Conheço uma que a mãe se fartava de elogiar (e ainda continua), que ás tantas queria que a mãe saísse de casa para ela se instalar lá com o marido e filhos. Para onde é que a mãe ia? Parece que pouco lhe importava, desde que resolvesse o problema habitacional dela. Vá que a senhora não foi tão tonta que acedesse aos planos da "maravilhosa" filha... :)

    Beijocas!

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  6. Acho que exagerei por nunca ter elogiado os meus filhos junto de outras pessoas!
    Quanto ao neto...vou pela mesma!
    É um bebé de 18 meses como os outros...até o acho demasiado teimoso para o meu gosto...mas...

    Abraço

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  7. E aqueles que dois minutos depois de nos encontrarem puxam do telemóvel para mostrar a fotografia dos filhos, Teresa? GRRRRR!
    Quanto a pais que criam monstrinhos, também não tenho paciência nenhuma. Apetece-me logo ensinar-lhes como é que eles se educam para mais tarde não virem a ser uns .
    Não tenho dúvida nenuma que muitos dos jovens de hoje enfrentariam a crise de outra maneira se tivessem sido bem educados...

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  8. Como eu concordo contigo!
    E, todos os dias somos confrontadas com o resultado...

    Beijinho

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