O vestido do sim

Sempre me aborreceram os excessos consumistas. E, se há ocasião em que todos os sininhos emocionais são tocados para estimular o consumismo, é o dia do casamento. Acenam-nos com a tal história do "dia mais bonito da tua vida!" e vai de acumular gastos com milhentas coisas, a maior parte das quais perfeitamente dispensável para garantir a felicidade e a beleza do dia. Já soube de casos em que o divórcio chegou mais depressa do que o final do plano de pagamento da dívida contraída para pagar as despesas do casório!
Sempre fui adepta do "quanto mais simples melhor"! E tenho a certeza que a felicidade não se contabiliza por aí!
Mas todos acabamos por ceder às pequenas vaidadezinhas do dia. No nosso casamento, somos as vedetas principais e queremos estar à altura. Para simplificar as nossas contas, surgiu agora uma pequena empresa que aluga vestidos de casamento. Mas não são uns vestidos quaisquer, são vestidos de assinatura, daqueles que custam uns milhares de euros. Quem os tem e os pagou, disponibiliza-os para aluguer. Rentabiliza um bocadinho o gasto que fez. E quem quer casar com um vestido de 4000 euros e não tem dinheiro para o adquirir, já o pode fazer, por uns modestos dez por cento do valor. O anonimato é garantido para as duas partes. Acho uma ideia fantástica. E viva o pragmatismo!

Comentários

  1. Também nunca fui atrás dessa ideia de gastar uma fortuna só para um dia... E não gastei mesmo!!!

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  2. Eu sou o exemplo máximo, talvez mesmo exagerado, do não consumismo.
    Apenas duas excepções: viagens, que o amor está longe, e livros...

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