Uma questão de imagem
Aqui há dias, conversava com uma amiga acerca de uma nossa conhecida, "rapariga" do nosso tempo, que viu o marido sair de casa, trocando-a por outra com metade da idade, de formas mais firmes e generosas.
Palavra puxa palavra, lembrámo-nos de uma colega da Faculdade. Namorava com um rapaz que sofreu um desastre de automóvel, ficando com uma perna esmagada e uma prótese para o resto da vida. A nossa colega aguentou o choque, os anos de fisioterapia, e ainda os comentários malévolos de muitas colegas, que se referiam depreciativamente ao facto de ela namorar com um deficiente.
Hoje, ela tem um casamento feliz, já com muitos anos de vida. E as outras colegas, que valorizavam a imagem em detrimento do ser e dos sentimentos? Não sei, talvez tenham casado com rapazes iguais a elas. Chegadas aos cinquenta, quando as rugas e as gordurinhas teimam em se instalar, talvez tenham sido trocadas por outras mais jovens, de imagem mais atraente.
E depois queixam-se!
A imagem que perdura é a do interior.
ResponderEliminarTudo o resto começa a degradar-se em muito pouco tempo.
Um beijo, Teresa.
Concordo João.
EliminarTemos de confiar nos olhos do coração, vêem melhor do que os outros.
Um grande beijinho.
Costuma-se dizer que cá se fazem cá se pagam....
ResponderEliminarO amor vence sempre. O verdadeiro.
O amor, o tal verdadeiro, é uma força imparável. O resto são fogos-fátuos.
EliminarNão será só uma questão de imagem, por vezes os casamentos entram em rotinas entediantes de que é difícil sair... até que um dos membros do casal descobre que afinal não vale a pena! Nem sempre é para trocar por uma mulher (ou homem) mais nova, mas quando as chatices são mais do que o amor, companheirismo, cumplicidade e tudo o resto, a tendência é mesmo a fuga para outra relação! E isso parece-me humano... :)
ResponderEliminarDe qualquer forma é sempre um disparate troçar de situações alheias, haja deficiência ou não envolvida - cada um sabe de si e daquilo que sente, não tem de dar satisfações a terceiros! O que é válido para ambos os casos, evidentemente...
Beijocas
Teté, claro que isso é verdade! As rotinas, e tantas outras situações, dão cabo de muitos casamentos. Longe de mim fazer juízos sobre isso, como tu dizes, cada um sabe de si.
EliminarMas creio que se dá demasiado valor à imagem, à aparência das coisas. Ao que é menos importante, ao fim e ao cabo.
Beijocas.
Essa "coisa" da beleza já levou ao engano muito boa gente :)))
ResponderEliminarxx
É que não dura muito tempo, sabes?
EliminarBjs
«Não há mal que sempre dure nem mal que nunca acabe» !
EliminarXX
O amor é isto... o verdadeiro amor resiste a tudo e supera tudo!
ResponderEliminarbeijinhos, Teresa! <3
É verdade Alexandra, é um motor muito forte!
EliminarBeijinhos.
È o que acontece quando se valoriza o que não é importante...
ResponderEliminarBjs
O que é muito comum nestes nossos tempos, não é?
EliminarBjs
Sem dúvida - valoriza-se demais a imagem. E concordo com a grande atriz brasileira Fernanda Montenegro quando diz: "A beleza importa nos primeiros quinze minutos. Depois, você tem de ter mais alguma coisa para oferecer".
ResponderEliminarExcelente frase, Fátima!
EliminarBjs
Quem gosta, gosta sempre, independentemente das marcas do tempo ou dos acidentes da vida.
ResponderEliminarConcordo totalmente, João! :)
EliminarQuem dá demasiada importância à imagem, acaba por ficar mal servido. Não é só porque a imagem se deteriora com o tempo, mas também porque uma relação em que se dá mais valor à imagem do que ao interior, não pode nunca ser muito duradoira.
ResponderEliminarAinda de ressaca da gripe, gostei de a ver de regresso.
Beijinho
Obrigada Carlos. Percebi que não estava bem, fico contente que já esteja na fase da ressaca.
EliminarBj
Quase a fazer trinta anos, "a arca ainda cheira a bolos", continuo apaixonado. Achas normal?
ResponderEliminar:)
Acho maravilhoso! :)
Eliminar"Amor é um fogo que arde sem se ver;
ResponderEliminarÉ ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se e contente;
É um cuidar que ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor? "
... um soneto que acabei de escrever...
'Tá bem, zarolho!
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