Jesus Christ Superstar

Na época da Páscoa, era tradicional a televisão passar filmes que revisitavam a vida de Jesus. Geralmente, centravam-se nos seus últimos anos, na pregação, na prisão e calvário, até ao momento final da crucificação. Nada de chocante, afinal éramos um país maioritariamente católico, onde a tradição pascal tinha raízes fortíssimas. Em muitas cidades e aldeias, ainda hoje essas tradições são seguidas e cumpridas. Continuamos a encontrar as procissões, o Enterro do Senhor, a Via Sacra. Outras actividades religiosas ocupam toda a Quaresma, até à explosão festiva do Domingo de Páscoa.
As televisões, no entanto, espelham hoje a diversidade cultural e religiosa que caracteriza Portugal. A programação pouco tem a ver com a época litúrgica. E dei por mim a recordar o filme sobre a vida de Jesus que mais me marcou: o Jesus Christ Superstar. Este filme de 1973, baseado na obra de Tim Rice e   Andrew Lloyd Webber, foi uma explosão de criatividade musical, mas também de liberdade no modo de representação da realidade religiosa, que foi importante na minha geração. Vi este filme três vezes, a seguir ao 25 de Abril. Ainda sei as músicas de cor. Ainda me emociono com algumas cenas e sorrio com outras. Quem não se lembra?

Comentários

  1. Eu tinha a banda sonora em cassete que ouvia vezes sem conta :)Por acaso, não foi o filme sobre a vida de Jesus que mais me marcou (esse terá sido Jesus de Nazaré com o espectacular Robert Powell), porque sempre interpretei o filme como uma produção musical... mas este filme foi um marco para a nossa geração, sem dúvida! :) Não me importava de o rever... Um beijo e uma boa Páscoa para ti Teresa!

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    1. Vi este filme em 1974, em plena conquista da liberdade. Talvez por isso foi tão marcante.
      Beijinho.

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  2. Sou do tempo em que na rádio só passava música clássica nestes dias e os santos nas igrejas ficavam tapados com cortinas roxas...
    E o meu pai, em sábado de Aleluia, trazia para casa dois enormes pacotes de amêndoas, um delas torradas, outro das coloridas!
    Era uma festa! :-))
    Já fiz uma postagem sobre estas amêndoas da minha infância!

    Abraço

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    1. Lembro-me muito bem desses tempos e desse ambiente, Rosa.
      Beijinho.

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  3. Sim, é uma visão diferente e muito original da Paixão e morte de Cristo.
    Há um filme fora das grandes produções americanas sobre este tema que sempre me impressionou e caso curioso, nunca foi apresentado nas televisões nesta época do ano; trata-se do "Evangelho segundo S.Mateus" do Pasolini.

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    1. Esse filme nunca vi, mas Pasolini sempre me impressionou.
      Beijinho.

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  4. Teresa,

    Ainda me lembro de ter visto isto no cinema :) Há pouquíssimo tempo, porém, deparei-me agradavelmente com uma edição em DVD com dois filmes, onde se inclui este e o outro feito a partir deste em versao mais estetizada quase tipo Pina Baush , e sabe que mais? 10 euros. Foi na Fnac. Até comprei para oferecer também :)

    Uma Santa Páscoa, doce e tranquila, é o que desejo na perpetuação de uma vida que se quer sempre feliz!

    Beijinho amigo :)

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  5. Não vi o filme mas, como na época vivia em Londres, vi a peça e adorei.
    Espero que tenha tido uma Páscoa Feliz

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  6. Eu adorei ver esse filme e creio mesmo que terei visto mais de uma vez. Gostei da realização e, sobretudo, gostei das músicas. Passava a vida a cantá-las e um amigo até me fez um livrinho com as letras e com uma capa toda estilizada.
    Até a Páscoa está diferente...
    Um beijinho, Teresa.

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  7. Recordo que existiam pelos menos duas versões da famosa Ópera Rock. Relembro, em particular, aquela em que o vocalista dos Deep Purple tinha um papel vocal preponderante: o Ian Gillan que, à época, seria provavelmente o melhor vocalista da melhor banda de hard rock de todos os tempos. O que tu me fizeste lembrar!

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  8. Só o vi uma vez e foi na televi~sao. Claro que me lembro das músicas, só não entendo porque repassam Ben HUr quinhentas mil vezes e Quo Vadis seisventas mil e este nunca!!

    Boa semana

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