A Felicidade Interna Bruta

Há algum tempo, o jovem rei do Butão (um pequeno reino situado nos Himalaias, que metade das pessoas não saberia localizar no mapa) teve uma ideia revolucionária: substituiu o Produto Interno Bruto, conhecido por PIB, pela Felicidade Interna Bruta, a FIB, como medida do desenvolvimento do país. Em inglês, para quem queira pesquisar, chama-se Gross National Happiness (GNH). A FIB resultava de um conjunto de indicadores, que iam da educação à saúde, passando pelo respeito pelo ambiente, pela promoção dos valores culturais, pelo equilíbrio no uso do tempo. 
Parecia uma ideia desfasada, quase folclórica, neste mundo dominado pelos conceitos económicos. Mas a ideia do rei do Butão lá fez o seu caminho. Hoje, ela é discutida na ONU, no âmbito de um debate sobre a Felicidade e o Desenvolvimento. As conclusões do debate levado a cabo pelos mais de 600 delegados presentes, serão levadas ao próximo Fórum sobre Desenvolvimento Sustentável. 
Desde o século XVII que nos ensinaram que a riqueza de um país estava no metal precioso que conseguia acumular. Depois, nos bens e na riqueza que conseguia produzir. Será que, finalmente, é desta que as pessoas entram na equação? Será que é agora que se descobre que o maior indicador de riqueza e desenvolvimento de um país está no bem-estar da sua população?
Houve uma época, não muito longínqua, em que nos convidavam a seguir os exemplos da Finlândia. Pois eu prefiro seguir o exemplo do Butão!

O video seguinte apresenta, de uma forma muito simples, o conceito da FIB. Vale a pena ver.

Comentários

  1. Ora aí está uma ideia que partilho a 100%! :)

    Ainda hoje li um post sobre essa questão da felicidade nos países mundiais segundo o relatório da ONU, não encontrámos a classificação de Portugal - certamente não estará entre os melhores, nem pelos piores!

    Agora que um rei prescinda dos seus poderes e tudo o mais, para deixar o povo decidir o que quer, é completamente inusitado. Mais, se vivesse no Butão, certamente votaria nele, sem hesitação... :D

    Beijocas!

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  2. No fundo somos (pouco exigentes) uns brutos...
    :(

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  3. Boa tarde Teresa. Faz todo o sentido… são esses indicadores que podem demonstrar o grau de “evolução”, de um País… ou pelo menos se está no verdadeira caminho certo…
    Não acredito que venha a ser implementado, mas ainda assim aplaudo a iniciativa…

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  4. Já tinha lido sobre o assunto mas o conceito exemplificado pelo vídeo está o máximo!
    Eu também vou por aqui! :-))

    Abraço

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  5. Eu acho admirável; mas também, e infelizmente, um pouco utópico, nos dias de hoje, pelo menos em determinadas regiões, talvez não no Butão...

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  6. A ideia é bonita, não é?
    Quem sabe se, mais tarde ou mais cedo, é possível de implementar!
    Bjs

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  7. A ideia é bonita... simples e baseia-se nos princípios do budismo :) e essa ideia não é para já, permeável aos valores ocidentais, muito menos, aos Países muçulmanos e afins... Imagino que a FIB portuguesa andará em baixo...Mas é tão básica, não é? Não parece ser o b-a-bá da governação? Assegurar a felicidade dos habitantes em todos os domínios? Essa é a maior FIB (mentirinha...) dos políticos... enfim,. Gostei do vídeo é verdade, está giro. :) Beijo e boa Páscoa Teresa!

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  8. Miguel Ângelo Fernandes5 de abril de 2012 às 13:06

    Aqui há várias ideias boas... primeiro, seguindo o exemplo do Butão, viver em Monarquia, em vez desta coisa jacobina... segundo... slow down again... afinal a felicidade também resulta do ritmo que nos impõem... terceiro, a ideia de sustentabilidade, que hoje em dia enche a boca de todos os agentes políticos e académicos, mas que ninguém parece cumprir em gestos tão simples como o de não jogar fora uma beata, ou separar o lixo...
    Será que isto nos remete para a Equação de Torricelli? [v2=vo2+2ad]

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  9. Pois, não passam de boas ideias, não é?
    Quanto à Equação de Torricelli, não faço a mais pálida ideia!

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  10. Também eu! Achas que os europeus vão seguir o exemplo? DUVIDO!...

    Beijinhos e boa Páscoa.

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  11. Miguel Ângelo Fernandes6 de abril de 2012 às 09:43

    Está tudo aqui bem explicado Teresa... na linguagem do cliente...

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