O Farol Museu de Santa Marta
Porque hoje, 18 de Maio, é o Dia Internacional dos Museus, achei oportuno destacar e divulgar um dos nossos mais recentes espaços museológicos: o Farol Museu de Santa Marta, em Cascais.
Este farol situa-se num pequeno forte com o mesmo nome, erguido na década de 50 do século XVII num esporão rochoso que avança sobre o mar e fez parte da defesa marítima de Cascais até ao século XIX.
Tenho de confessar que tenho um fraquinho por faróis. Acho-os de uma beleza quase cinematográfica, pelo modo como se elevam nas falésias, mas também pelas cores ou padrões que geralmente enfeitam as suas torres, e que os tornam mais visíveis, mesmo de longe. Fascinam-me os jogos de espelhos que aumentam a sua capacidade luminosa, os focos de luz que varrem a noite, os alarmes sonoros que avisam os marinheiros em dias de nevoeiro.
E, depois, há a sua imensa carga simbólica, da luz que nos guia no meio dos escolhos da costa e da escuridão.
É todo esse mundo, misterioso e fascinante, que pode ser agora compreendido um pouco melhor, através das salas que compõem este pequeno museu. Aí encontramos os instrumentos utilizados no Farol. Podemos assistir a um filme sobre a história dos faróis na costa portuguesa. Mas também aí vislumbramos um pouco da vida solitária e quase desconhecida dos faroleiros.
A visita ao farol-museu, que se situa à saída de Cascais, junto à marina, é livre e gratuita, embora a subida à torre do farol não se efectue todos os dias. As instalações de apoio são modernas, com acesso à internet, casas de banho e um pequeno bar.
Este farol está desactivado, mas saúdo a iniciativa que o fez voltar à vida, dando-nos a conhecer o mundo, quase ignorado, dos faróis.
(Fotografias de Teresa e Fernando)
Teresa, como o meu coração ficou pequenino ao ver estas fotos. O meu bisavô era faroleiro e a minha falecida avó (faleceu no inicio deste ano), nasceu neste mesmo farol faria 86 anos. Adorava ouvir as histórias que ela contava da sua infância, as corridas que dava quando descia à praia de Santa Marta (a que tem a ponte com a estrada que vem do Guincho), a infância da minha mãe também lá passada (porque somos de Cascais antes de haver Tias...), e até eu ainda por lá andei... Pensar que hoje estou em Setúbal... Adoro a minha terra natal, adoro a praia de Sta Marta, a praia do peixe em frente ao Hotel Baia, o restaurante Maregrafo onde casaram os meus pais... meu Deus, tantas recordações. É um misto de emoções relembrar todas estas imagens!
ResponderEliminarUm abraço grande e um obrigado pelas lindas fotos.
Nocas
ResponderEliminarAo ler as tuas palavras, fiquei ainda mais feliz por me ter lembrado de fazer este post. É tão bom recordarmos as coisas positivas da nossa infância!
Eu também gosto muito de Cascais (com tias ou sem tias!), os meus filhos nasceram lá e gosto sempre de me perder por ali.
Bjs
Que lindo museu e postagem muito legal e vi que alegraste Nocas,não é?beijos,chica
ResponderEliminarSão lindos os faróis, pena alguns estarem a ficar tão degradados.
ResponderEliminarBjs
Excelentes fotografias, TERESA!
ResponderEliminarO texto - claro e entusiasmante - está muito bom.
Veja como a sua amiga NOCAS logo acorreu a enriquecer ainda mais esta sua postagem !
Também eu nasci numa freguesia com um farol majestoso, o de Leça da Palmeira.
Além da sua altura majestática, tem uma elegância que a ninguém pode deixar indiferente.
Só uma vez subi ( o faroleiro foi muito simpático e deu-me o privilégio de autorizar servir-me do elevador...) e por necessidade de cumprir uma encomenda.
Mas, jamais, esquecerei a coreografia desenhada pelos seus feixes luminosos!
Enquanto solteiro (depois vim para o Porto), nas noites de nevoeiro, a sua ronca ouvia-se perfeitamente (agora, não sei...). Era uma boa companhia para eu imaginar os perigos das gentes (pescadores e marinheiros de outros navios - e foram vários os naufrágios que se deram nessa época), das gentes, dizia eu, a que no mar sujeitavam as suas vidas e a angústia por que passavam os familiares.
Um beijo com muita amizade.
Chica
ResponderEliminarÉ um museu diferente e olha a coincidência da avó da Nocas ali ter nascido, do bisavô faroleiro!
Bjs
Lilá(s)
ResponderEliminarConcordo contigo, os faróis são espectaculares. E penso que têm estado a ser recuperados. Pelo menos, os faróis de Cascais, Santa Marta, Guia e Cabo Raso, estão muito bonitos.
Bjs
João
ResponderEliminarAgradeço no que diz respeito ao texto, as fotografias são do Fernando (ele não me perdoa se eu não disser isto!).
Pois é, o alarme sonoro, chama-se ronca, não me lembrava, obrigada.
O farol de Leça da Palmeira não conheço, mas poderá ser um dos próximos a visitar :)
Bjs
Ora aqui está uma ideia muito interessante; e eu que nunca visitei um farol...
ResponderEliminarPinguim
ResponderEliminarEntão, aí tens uma boa ideia para uma visita de fim de semana :)
Bjs
Li, e fiquei encantada com o Farol Museu de Santa Marta. Em Junho, estou por pouco tempo no Porto, vou ver se dou um pulo a Lisboa, e visito esse maravilhoso museu em Cascais.
ResponderEliminarSe leres outra vez o meu comentário, descobres em que dia é o meu aniversário. Diz-me, por favor, em que dia é o teu.
Usedom e Sylt com o tempo chuvoso típico da Alemanha do Norte foram os locais de rodagem que Polański escolheu para a ilha luxuosa Martha´s Vineyard.
A fotografia no "ematejoca azul" é de uma cena filmada em Sylt, precisamente no Lister Ellenbogen.
Nunca estive em Sylt, mas é a ilha preferida dos meus familiares. Tenho imensas fotografias, que é quase como eu também a conhecesse.
Ontem vi finalmente "The Ghost Writer", para mim um dos melhores filmes de Polanski.
Bjs
Gostei da informação!
ResponderEliminarE não é que me esqueci da data!!! :-((
Abraço
Ematejoca
ResponderEliminarEspero que não fiques desiludida, é um museu pequeno, mas muito interessante. E toda a zona, até ao Guincho, merece um belo passeio.
The Ghost Writer não foi o filme que ele finalizou agora há pouco tempo?
Bjs
Rosa dos Ventos
ResponderEliminarDeixa lá, todos os dias são bons para comemorar os museus!
Bjs
Um Museu diferente que não nos pode deixar indiferentes...
ResponderEliminarAbracinho
Maria Teresa
ResponderEliminarEspero que não :)
Bjs
Olá.
ResponderEliminarConheci o blogue através do ALFOBRE de Letras,escrito pelo distinto amigo César.
Dei conta estar a perder muito e já o coloquei nos favoritos.
As fotos,óptimas,e o texto excelente aguçaram-me a curiosidade,não deixarei de visitar quando puder.
Saudações cordiais,
mário
Olá Mário
ResponderEliminarBem vindo a este espaço de partilha, apareça quando quiser.
Bjs
Fizeste uma excelente sugestão, Teresa.
ResponderEliminarEu atrever-me-ia a sugerir a quem,desejando visitar o Farol de Santa Marta, não deixe de passar pela Casa Museu do Conde Castro de Guimarães.
Sairá satisfeito e gratificado.
Bjs
JPD
ResponderEliminarBoa sugestão! De resto, o que não falta por ali são coisas interessantes para visitar: além da Casa Museu do Conde Castro Guimarães, temos a Casa das Histórias da Paula Rego, o Museu do Mar do Rei D. Carlos, o Forte de São Jorge de Oitavos (todo remodelado e recém-reaberto, lindo!) e outras coisas.
Haja vontade de passear!
Bjs
JPD
ResponderEliminarEu já visitei !
Na verdade, fiquei encantado.
TERESA
Eu procuro sempre os créditos.
A sua será a do mar?
Beijos.